Greve ou diálogo?

Greve ou diálogo?
Uma parte dos trabalhadores ainda tem a ilusão de que o melhor caminho para manter os direitos é dialogar com os patrões. Nos Correios, assim como nas demais empresas públicas, essas ilusões são fomentadas por uma campanha, orquestrada a partir do governo, que busca entregar as estatais para o grande capital.
Se houvesse “respeito” do governo com os trabalhadores, não haveria o brutal ataque que está em marcha neste momento. O objetivo é liquidar com a CLT e com a Previdência Social, terminar de entregar as empresas públicas a troco de nada e acabar com os gastos sociais. Se houvesse algum “respeito”, o grosso dos gastos públicos não seria direcionado a manter a especulação financeira, principalmente, por meio da rolagem da parasitária e corrupta dívida pública.
Diálogo com quem não quer ouvir?
Se houvesse o diálogo por parte da Direção da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos), se houvesse interesse em discutir os problemas da categoria, pelo menos haveria algum tipo de conversa. O Comando de Negociação dos Trabalhadores se instalou em Brasília na campanha salarial de 2016, desde o dia 26 de agosto, com o objetivo de dialogar. A Direção da Empresa, em nenhum momento, deu atenção aos diversos problemas apresentados pelos trabalhadores, e como sempre, só dialoga quando vê que a base está mobilizada para fazer uma grande greve.
Os capitalistas somente entendem o diálogo da força. Esse é o único recurso que os trabalhadores possuem. Todos os direitos que a categoria hoje possui foi arrancando por meio de muita luta.