A Verdade não contada sobre as Privatizações

10 razões para lutarmos contra as privatizações

Privatizar uma empresa pública gera algum benefício para a população, como a grande imprensa golpista tenta passar?
A resposta é não! Absolutamente. Só aumenta a corrupção, a concentração da riqueza, a desigualdade social e a exploração.
Veja abaixo 10 motivos de o porquê as privatizações serem feitas contra os interesses dos trabalhadores e a favor dos lucros dos grandes capitalistas:

1 - Aumentos das tarifas. Isto porque o capital visa o lucro, causando grandes prejuízos ao bolso do trabalhador que, cada vez mais, ganha apenas para sobreviver.
2 - Corrupção legalizada. Os grandes empresários, que têm comprado as empresas públicas, têm pagado as ações entre 1% a 20% do valor de mercado. Recentemente, foi vendido mais um campo do Pré-Sal por US$ 2,5 bilhões, apesar de o seu preço ser de US$ 15 bilhões. Só nessa transação, absolutamente legal, temos mais de três vezes o que a Operação Lava-Jato diz que teria sido desviado da Petrobras.
3 - As privatizações aumentam a taxa de desemprego, uma vez que sempre têm levado a demissões em massa dos trabalhadores concursados, além da precarização generalizada das condições de trabalho. No caso da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por exemplo, de 45 mil trabalhadores concursados, sobraram apenas oito mil celetistas e 20 mil terceirizados. Essa política foi reproduzida em todos os demais casos.
A privatização dos Correios levaria a um verdadeiro massacre dos trabalhadores, principalmente quando o “filé mignon”, as encomendas, for apropriado pela DHL, Federal Express e outras. Simplesmente aplicando os métodos de organização da produção, de automação industrial e logísticas, e levando em conta o que fizeram nos Estados Unidos, em Portugal, na Inglaterra e na Argentina, entre outros, não é difícil de deduzir que a maioria dos trabalhadores atuais serão demitidos e os poucos que sobrarem serão fortemente precarizados.
4 - A partir das privatizações são introduzidos mecanismos de corrupção muito mais intensos, com a compra aberta de parlamentares e do alto escalão do governo. Neste sentido, o caso das telecomunicações foi gritante, e tanto assim que a “Operação Satiagraha” teve que ser abafada. Isso sem falar no escândalo das privatizações dos bancos públicos, que, entre outras “benesses”, levou a que hoje pouco menos da metade do Orçamento Federal tenha como destino o pagamento dos serviços da dívida pública.
5 - A população passa a pagar muito mais pelos serviços. As tarifas são cobradas como se fossem impostos; não há como deixar de consumir água, luz, serviços de correios etc. É o reino da “corrupção legalizada”. Uma parte dos lucros tem como destino manter o pagamento de propina aos grupos políticos a troco de manterem leis de seu interesse aprovadas no Congresso Nacional, alimentando a especulação financeira. Não por acaso, os especuladores internacionais consideraram, durante anos, as ações do setor elétrico brasileiro como as “meninas dos olhos”. Não houve investimentos em infraestrutura e na ampliação do serviço, que hoje se encontra à beira de colapsar.
6 – Aumento da exploração da mão de obra do trabalhador, que acumula mais serviço, ganhando bem menos, enquanto os empresários ficam cada vez mais ricos.
7 - A terceirização aumenta o número de acidentes, doenças e mortes, visto que os empregados terceirizados são os que mais sofrem acidentes de trabalho.
8 – A repatriação dos lucros para as matrizes no exterior. Ao invés de ser investida no Brasil, essa divisão está na base da movimentação da economia dos países capitalistas desenvolvidos, que vivem da exploração das semi-colônias dos países atrasados.
9 - Queda na qualidade do serviço público. Por não investir o lucro na melhoria da qualidade, o serviço, além de caro, se torna ruim e ultrapassado, muito aquém das necessidades da população. E aí começam as reclamações.
10 - O objetivo das privatizações não é cumprir um “papel social”, mas gerar lucros a qualquer custo para um punhado de parasitas.

Privatizações para salvar os lucros
Os serviços públicos devem cumprir um papel social, visto que a Constituição Federal de 1988, garante aos indivíduos vários direitos fundamentais, como saúde, educação, trabalho, transporte, alimentação, etc.
São esses direitos individuais e coletivos que dão aos brasileiros a dignidade, desde que sejam acessíveis a todos.
Aí mora o problema.
O capitalismo vive do lucro e da exploração. Como manter o papel social de um serviço público após privatizá-lo? Impossível.
Todo o histórico de privatizações tem sido um brutal saque dos recursos públicos. Um dos mais escandalosos foi a "privatização" da Vale do Rio Doce, "vendida" por 1,5% do seu valor, pagos com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento). Mas todas as demais "privatizações" também foram escandalosas. Uma parte delas pagas com os títulos podres da dívida pública, que dobrou de valor em apenas um final de semana, em “negociações” impostas pelos Estados Unidos, num paraíso fiscal (Luxemburgo), em 1993.
As concessões dos aeroportos, rodovias, portos etc., realizadas pelos governos do PT, seguiram exatamente a mesma política de FHC, mesmo que um pouco disfarçada. A diferença é que com a entrada dos chineses, o valor da venda oscilou entre 15% e 20% do valor de mercado. Por trás disso tudo, temos uma "nova onda neoliberal": a escalada dos ataques contra os trabalhadores para salvar os lucros dos grandes capitalistas que não conseguem mais trazer lucros da produção, abrindo uma fábrica, por exemplo, e pairam que nem abutres sobre a população.
Não às Privatizações!
Por nenhum direito a menos!
Contra a reforma da Previdência e a reforma trabalhista!
O petróleo é do povo brasileiro!