Corte das férias para preparar a privatização e as demissões em massa

O ato de cancelamento das férias anunciado pela direção dos Correios revela os verdadeiros objetivos da Empresa. A direção da ECT aproveita o momento de crise econômica e política para tentar retirar esse direito: é o sucatear para privatizar, com demissões em massa.
O anúncio do corte das férias vai de encontro à política nacional que tramita hoje no Congresso com o nome de “Reforma Trabalhista”. Este ataque, que visa retirar o direito de descanso de 30 dias dos trabalhadores, está sendo pensando em conjunto com a Lei da terceirização irrestrita, o fim da Previdência e o “negociado” valendo por cima das leis para acabar com o Acordo Coletivo de Trabalho. Vale ressaltar que a reforma Trabalhista quer eliminar até o horário de almoço e o descanso de final de semana, dentre outras atrocidades.

STF nega pedido da ECT de anulação de sentença - Concursados/2011

Considerações a respeito da Reclamação Constitucional no Supremo Tribunal Federal, ajuizada pela ECT em desfavor dos empregados contratados após a vigência do concurso/2011

Após derrotas em primeira e segunda instâncias, na Ação Civil Pública ACP 1035-92.2013.5.10.0015, movida pelo Ministério Público do Trabalho da Décima Região, que garantiu a contratação dos concursados de 2011, mesmo após o fim da vigência, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos fez uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (RCL 26186) para questionar a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) que determinou a prorrogação do concurso público além do prazo previsto em edital e a contratação dos candidatos aprovados.

Imprensa golpista quer privatizações. O que ela tem a ganhar?

Desmontar as estatais brasileiras e entregá-las ao capital estrangeiro vem de uma política norte americana, neoliberal, imposta sobre o Brasil por meio dos principais partidos da direita.  Michel Temer, presidente golpista, encheu as estatais desses agentes imperialistas, nomeando-os aos cargos comissionados da administração pública, com a incumbência de acelerarem os processos de privatizações.
Guilherme Campos, presidente da ECT, e Gilberto Kassab, Ministro das Comunicações, são representantes dessas grandes empresas capitalistas, que querem comprar todas as empresas públicas brasileiras a preço de pinga. Nomear um neoliberal, privatista, ao cargo de presidente dos Correios, é o mesmo que deixar uma raposa tomar conta do galinheiro.
Guilherme Campos em poucos meses já mostrou ao que veio. Cancelou as férias de todos os empregados, criou o PDI (Plano de Desligamento Incentivado), descontou de forma criminosa os dias de greve, ordenou o fechamento de 250 Agências próprias e, agora, ameaça a categoria com um Plano de Dispensa Motivada. Pretende até o final de 2017 terceirizar os CEE”s, CTO’s e Centros de Tratamento, além de acabar com o setor administrativo da Empresa.
A grande imprensa capitalista (Rede Globo, BAND, Folha de São Paulo, etc.), em troca da anistia dos bilhões de impostos devidos ao Estado, divulga a todo o momento matérias tendenciosas, desmoralizando as estatais brasileiras, a fim de convencer a opinião pública de que as privatizações seriam necessárias. Também participam da escalada de ataques contra os trabalhadores o Poder Judiciário, Legislativo e a burocracia sindical.
Se fosse verdade que os Correios não dão lucro, por que tantas empresas estrangeiras querem comprá-lo, como FEDEX, DHL, UPS e TNT? Que abram os livros contábeis e o demonstrem! A ECT é o maior Correio público do mundo, que detém o monopólio das cartas, alto volume de entrega de encomendas e possui quase seis mil agências próprias.
Seu faturamento é pelo menos o dobro do divulgado. O TCU (Tribunal de Contas da União), órgão que deveria fiscalizar, não move uma palha para que seja feita auditoria nos livros contábeis da Empresa. Além disto, tem a marca SEDEX, que se tornou sinônimo de qualidade, rapidez e eficiência. O golpe que está em marcha é o fatiamento e a divisão da ECT entre os diversos grupos estrangeiros que financiam as campanhas eleitorais dos políticos burgueses. Uma barbárie! O Brasil se tornou uma colônia norte-americana, controlada pelos grandes bancos, que querem saquear até o último centavo dos cofres públicos, além de expropriar a população brasileira com uma das taxas de juros mais altas do mundo e com o aumento dos preços dos produtos.
Somente a classe operária tem poder de barrar este processo, através de uma GREVE GERAL forte, a partir das principais categorias públicas, com grandes manifestações, distribuição de boletins à população, audiências públicas e os métodos de lutas que os trabalhadores julgarem adequados, até que o Governo recue no processo de desmonte do serviço público, anule os projetos já aprovados e retire da pauta todos os ataques aos direitos da classe operária.
Unificar as lutas rumo à greve no dia 25 de Abril!
Contra as reformas da Previdência e trabalhista!
Contratação Já!